escreve. escreve porque queres, sempre porque queres. não escrevas palavras com as quais não tens uma boa relação. desconstrói as palavras, mas escreve. cria o teu dicionário, mas escreve. escreve com gosto, por gosto.
escreve. escreve porque queres, sempre porque queres. escreve palavras que não serão ditas de outra forma. agarra o papel e escreve. liga a máquina e escreve. fecha os olhos e escreve. escreve muito ou pouco, mas escreve.
escreve. sempre porque queres, àqueles que não queres e aos que o querer não chega.
27 de junho de 2013
14 de junho de 2013
jornada gramatical
quero as pausas, as vírgulas, os dois pontos e até mesmo o travessão (esse que em dias também serve de travesseiro). que os pleonasmos se intensifiquem e que as sinestesias agridoces me despertem novas sensações. dispenso as hipérboles, e as antíteses cheias de nada pouco me dizem. não me venham com eufemismos e, acima de tudo, brindemos com e às onomatopeias (tchim tchim).
11 de junho de 2013
eunice munoz.eugénio de andrade
Tinha um cravo no meu balcão;
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
Só não dei o coração;
Mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
Só não dei o coração;
Mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade
6 de junho de 2013
na linha divisória
.. entre o leste da minha juventude e o oeste do meu futuro.
porque os únicos que me interessam são os loucos; os loucos por viver, loucos por falar, loucos por serem salvos, que desejam tudo ao mesmo tempo e nunca bocejam ou dizem coisas clichês, mas queimam, queimam, queimam como fogos de artifício pela noite
kerouac , on the road
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