14 de dezembro de 2010

Sinto a falta de uma forma estranha de sentir


sei e sinto o que me percorre as pernas, os braços e as mãos. reconheço o palpitar inquieto que me bate no peito. mas sabes, não existo só quando a pulsação é forte. não existo somente na pulsação. sou grande demais para tal. eu sei, eu sei que nada existe para além disso. mas eu existo, garanto-te.

não paro. onde estás? onde está a chave? onde começa o mundo? onde está esse começo que me faz correr? correr depressa, para sentir tudo, o vento e as gotas de água no rosto. estou perdida. quero-te aqui. agarra-me . aquece-me. reconforta-me ao vento e deixa que a chuva nos molhe .

confusa, estou confusa. minto! Confuso é o mundo, onde deixo as minhas costuras perto de ti e de todos e onde, ponto atrás de ponto, me rompem e corrompem as memórias, os sentimentos.

nisto já é noite e continuas a ser miragem no rosto de alguém. ilusão. pura ilusão que me consome. espera.. mas tu ainda existes. existes-me. és real... mas longínquo.

olha … só quero o sonho que nos despertou. posso dormir?

15 de novembro de 2010

demoras?


Vem! vem deitar-te comigo e vamos perder-nos no vazio, sem implicações nem outras intenções. vem! vem olhar-me nos olhos, e (re)ver-te em mim. vem! vem (re)decorar tudo o que tão bem já sabemos. vem! deixa que o tudo o que é meu se perca em ti e que, deste modo, o que temos se torne único. vem! vem habitar por completo a minha memória.

14 de novembro de 2010

nobody knows it.


Não me deixes partir zangada a pensar disparates. corre. corre atrás de mim e desperta-me outra e outra vez. não me deixes fugir. acorda-me,por favor, acorda-me! lembra-te do que me disseste e repete-o vezes sem conta. se nem assim for suficiente, encosta-me à parede e faz-me sentir o que só tu alcanças. não desistas. não me deixes fugir. eu não quero ir embora. não me deixs ir embora. manda fora os meus medos, só tu o consegues fazer. vem sorrir, comigo e para mim.

13 de novembro de 2010

sentidos excessivos.


toco. fujo. volto. passo. corro. morro. cresço. subo. caio. sinto, sinto muito.

9 de novembro de 2010

devaneio


espera.
deixa-me maquilhar as feridas e as cicatrizes, não quero que me olhes com pena, não quero que me desvendes o passado. se o fizeres... não vou cá estar quando me procurares.
espera.
e irei sorrir com vontade, desprender-me de costumes.
espera.
e os silêncios serão vistos como momentos que não têm nem devem ser preenchidos.


não sei quem me espera.. mas a minha procura vai acontecendo. e nisto (me) remendo com retalhos largados ao vento.

7 de novembro de 2010

Repara

Repara,
ainda bate. e a cada passo a vida corre mais depressa. o cair é rápido e o levantar mais fugaz, menos sofrido.
Repara,
já não escorrego nas palavras boas, nem nos gritos maus.
Repara,
mesmo quando bate, não sei porque bate. nem o que procura. não sei se te procuro, se nos procuro, não sei, juro...eu não sei.
Repara,
perdemos-nos algures, no passado. e dei pela tua saída quando a porta bateu e, dessa vez, a campainha não tocou logo de seguida.
Repara,
escondo-me atrás das palavras. cobarde. não tenho rosto e desenho linhas perfeitas recheadas de palavras iguais. palavras iguais? minto, são palavras acusadas que serão julgadas.
Repara,
gostar demais, dar demais, pensar demais, errar demais, esquecer demais, provocar demais, atacar demais. demais? ou de menos? não sei, juro...eu não sei.
Repara,
encho-me de memórias. e quando me perco nelas, tenho medo, juro, eu tenho medo.
Repara,
sou amnésica quando as palavras me apunhalam o peito.
Repara,
isto não é nada. nem o que parece, nem o que não é. nada se relaciona.
Repara,
dói no tempo. e olha, o tempo dói.
Quero descalçar-me de tudo o que me aperta e me distorce.
.

23 de outubro de 2010

life happens while you sleep


i can't show remorse because i don't believe i'm guilty

18 de outubro de 2010

here comes the sun

hoje sou a barreira capaz de impedir que todas as coisas más se aproximem.

10 de outubro de 2010

freedom

Liberta-me a mente porque em mim não cabe mais um único milímetro teu.

3 de outubro de 2010

you're like plasticine


and i really don't like plasticine.

18 de setembro de 2010

quando


Nunca te soube resistir, nem rejeitar. Talvez por usares o tom certo em tudo aquilo que pronuncias. Tão certo que, por muito errado e por menos sentido que faça, me fazes acreditar solenemente no que dizes. És a única armadilha à qual o meu inconsciente não tem resposta e, como se isso não bastasse, és a única memória que me martiriza.

Quando?! Quando é que me levas o muito que é teu e que insisto em guardar?

17 de setembro de 2010

nem um simples não


Se o barco não regressou,

e a nossa frágil história naufragou

nem sempre quem jurou amar,

amou.

Mas nem sempre vale esse tal de amor que tanto se fala

Nem sempre cabe no peito o espaço que falta

Porque o amor nem sempre existe,

nem sempre subsiste,

apesar de por vezes jurarmos que o vimos passar bem perto de nós,

bem juntinho a nós.

Mas a ilusão também existe

e também nos faz acreditar,

confiar,

sonhar que o fogo arde no mar

e que a maré não pode matar para a seguir apagar,

anular,

desaparecer,

como o ar que se nos escapa de uma respiração

até não sermos nada,

Nem SIM

nem um simples... NÃO.

mais que um amor no mundo

15 de setembro de 2010

yes i can.

12 de setembro de 2010

e, mais uma vez, caí.

8 de setembro de 2010

recuerdos


Hoje falo-te eu de abraços e daquela vontade única de te ter bem perto do meu peito, mesmo a jeito de seres envolvido no conforto dos meus braços!




29 de março 2009

6 de setembro de 2010

trago-te o cheiro nas mãos.


sufoco-me em novelos de palavras que extravazam a minha mente enquanto o grito do desejo fala mais alto que o meu próprio pudor. agarro-me a ti lançando-te pedido de socorro. não sei se o faço à procura das palavras que me faltam ou se o que quero é esconder as que de ti não quero.

que (me) fazes tu turbilhão vivo, para que em mim fique sempre
tanto de ti!?

16 de agosto de 2010

um dia

E vais para longe. E todos os dias regressas, por volta da mesma hora, para que seja dado por terminado o “tempo de guerra”.



14 de agosto de 2010

acontece

Parece-me familiar. Os olhares que tão inocentemente se cruzam fazem-me lembrar outros olhares, de tantas outras noites que não esta. Um olhar que já vi, uma noite que já vivi, mas não sei onde. Acontece. Nisto a cumplicidade torna-se arma, e encosta-se ao meu peito. A minha boca perde o reconhecimento das palavras e perde-se ..em ti. Não houve fim àquela hora. Tu falavas. E eu? Eu pensava (e penso) porque razão quero sempre calar a voz que trago.

7 de agosto de 2010

de fácil a frágil.

exposta no encosto da vida
(repleta de beijos e balas perdidas)
tão bela e fodida.

28 de julho de 2010

acasos

Quero procurar-te a mão e agarrá-la, sem uma palavra, por mais que os semaforos mudem de cor. Procurar-te a mão, na certeza de saber tudo que contigo se passa, sem perguntar. Quero estar junto a ti, mesmo quando estamos cada um para seu lado. Quero suspender-me em ti ...
e por aí ficar.

27 de julho de 2010

smile like you mean it


Aos poucos mas magníficos que transformam cada dia que passa num sorriso de orelha a orelha.. Até ja!

25 de julho de 2010

mudam-se os tempos, mudam-se as vontades




Era suposto ter coisas para te dizer, revelações, ideias, frases inteiras, pensamentos, formas de chegar até ti em linguagem, ciente que não foi inventada forma melhor de aproximação (depois de extintos o toque, o abraço e as desmedidas trocas de olhares).
Adiei, não era a melhor altura, não seria bem aquilo, faltava-lhe o pormenor e o detalhe que faz com que o dizemos seja absolutamente exacto.
E com toda esta incessante procura da perfeição tornou-se tarde demais.. as palavras perderam o sentido e, pior do que isso, a vontade de serem proferidas fugiu a sete pés.



22 de julho de 2010

back inside
this chamber of so many doors
i have nowhere to hide
i would give you all of my dreams
if you would help me
find a door
that doesn't lead me back again
take me away

"genesis, the lamb lies down on broadway"

21 de julho de 2010

like fire in my hands.


desire