31 de dezembro de 2009

devaneio III

Outra vez, aqui vou eu! - pensei. Pedimos tanto uma coisa e depois não sabemos o que fazer com ela! Medo do fascínio, insegurança, ou apenas confusão pelo inesperado! Só sei que tenho de correr o risco, e aceitar o que a vida me está a trazer. A verdade é que o maior risco que pode acontecer é o de um dia parar e pensar no que poderia ter sido e não foi, porque não o vivi. Não é sábia a vida? Então vamos lá! Com medo, sem medo... nunca fui de me jogar de cabeça nas coisas mas… já é hora.

Bom Ano

29 de dezembro de 2009

Sinto-me

Com os olhos semi-fechados em confronto com o (outro) olhar que, ora se rendia, ora fugia.

26 de dezembro de 2009

o que é bom


the killers - spsr '09




skunk anansie - coliseu '09

É para partilhar!

1,2,3!

Há pessoas que vem e que do nada fogem a sete pés e depois há as outras…aquelas que vêm, e batem o pé permanecendo incansavelmente. Há música e música. Há a música que fica no ouvido e que, ouvidas algumas vezes, facilmente a enjoamos e depois há a música que ouvimos sempre como se fosse a primeira vez, não perdendo, em momento algum, o encanto. Há momentos. Há escolhas e amigos que trazem sorrisos, saudade, discórdia. Há diferença, muita diferença. Há família e enteados. Há primas e primas. Há carnavais, há surpresas, há concertos, há Lisboa, há diferença (mais uma vez), há mensagens, há a voz da razão, há erros, há confissões, há conselhos, há mais uma e mais outra música trocada e ouvida, há baixa, há falta de sentido de orientação, há cor-de-rosa e cores terra, há direito e há torto, há seriedade e decadência, há amnésia, há muito e Cempre mais. Há dias e dias. Hoje é 26. É um daqueles dias que seria um crime (sujeito a pena de morte,) caso não fosse assinalado.
Falo-te a cantar: too hard to fake it and nothing can replace it!

25 de dezembro de 2009

devaneio II

Verdadeiros só os suspiros que me dão (falsa) tranquilidade e os (possíveis) olhares perdidos. É, já me chegam as coisas às quais estou demasiado agarrada. Não quero arrastões a mais, muito menos cobranças (egoístas).
Acredito poder ter mais consciência do que isto. Mas Hoje não.

24 de dezembro de 2009

beauty & the beast


posso regredir? feliz natal.

(btw, isto do espírito natalício tem muito que se lhe diga)

devaneio

Não te agradeço, mas estou-te grata. E peço que continues a marcar presença, porque foi (tão) boa a tua chegada, o que me leva a presumir que a tua permanência se torne impreterível. Sabe bem quando (se calhar erradamente especulando) impões a tua distância. Sabe bem dar(-te) um pouco de mim.
Desculpa se antecipei o tempo

23 de dezembro de 2009

let it snow

Deitada no sofá olho pela janela e vejo a neve que não cansa de cair. Estou inquieta. Sinto que algo quer saltar de mim a todo o momento, mas permaneço (im)perturbada deixando que a enorme mancha branca se molde e me faça ganhar cor.

Sinto-me em pleno voo sem saber onde vou cair.



21 de dezembro de 2009

Cuidado

Não tropeces na razão, não vá a queda ser demasiado espalhafatosa e ficares impedida de te levantares novamente.

20 de dezembro de 2009

24h depois

..posso-me rir da tremenda telenovela mexicana que de mim se apoderou? É que se não posso, rio na mesma.

17 de dezembro de 2009

welcome

Levantei-me e ergui os braços, deixando o sono que me invadia entre a roupa suja. Caminhei pelo conhecido e perdi-me na novidade.(persisti!) Entreguei-me a novas coisas e a coisas novas, presenteando-as com gestos antigos, atribuindo-lhes distintos significados (sorri!)(chorei!)(andei!). Reciclados e organizados os sentimentos diria que já é tempo, é mais-que-tempo, é o tempo certo, mais certo do que a imensa chuva e frio que me alcançam, de avançar, nesta nova chegada!

16 de dezembro de 2009

questão III

it's raining outside so.. may i come inside?

10 de dezembro de 2009

tem dias

Há dias em que controlo aquilo que sinto e dias em que simplesmente me deixo e me dou a sentir desmesuradamente. Há dias em que sorrio para parecer bem e outros em que transbordo sorrisos e gargalhadas do nada, ou por motivo algum. Há dias. Um, dois, três. Dias apenas. Dias em que sou eu, dias em que me camuflo. Dias nos quais corro imenso, e dias que durmo em demasia. Há dias de certezas e dias incertos. Há dias fortes e dias frágeis. Há dias medrosos e dias valentes. Dias e mais dias. Dias a mais e dias a menos. No entanto, não há um só em que não tropece. Tropeço em memórias, que me preenchem ou que me incomodam o sapato, memórias felizes, memórias inúteis… costumo questionar-me porque me esbarro sempre, na esperança que o dia, entre tanta coisa que me traz, me indique a resposta. Hoje ainda não é dia. Mas, de qualquer forma, sei que não tarda é o dia da saudade ser morta e, pensar no dia seguinte, ajuda sempre.

9 de dezembro de 2009

espera

Não sei se quero, se não quero...mas espero.
Não sei se fico, se vou...mas espero.
Não sei se gosto, se não gosto...mas espero.
Não sei se por mim … mas espero.
Não sei se chamo. Eu quero. Mas, não sei porquê, espero.
Não sei se penso…mas espero.

Pelo que espero? Simplesmente também não sei (só espero).

7 de dezembro de 2009

recuerdos I

Vou! Vou cantar uma nova música. Vou cantar o silêncio. Vou mudar de computador e de letra. Quando sair, vou andar no lado da rua diferente do habitual, vou mudar de caminho e ver tudo de uma nova forma. Vou mudar o meu estilo, vou dar a roupa velha e os sapatos também. Vou andar descalça pela praia. Vou escrever com a mão esquerda e dormir no outro lado da cama. Vou comprar revistas que nunca comprei, ver canais que nunca vi, ler livros que nunca li. Vou dormir cedo e dormir tarde. Não vou acordar. Vou aprender uma palavra nova todos os dias, vou falar chinês e árabe. Vou corrigir a minha má postura e comer menos. Vou experimentar novos temperos, novas cores, novas sensações. Vou ser original. Vou amar as novidades.

Quero! Quero um novo lado para além do de dentro e do de fora, o da esquerda e o da direita. Quero um novo prazer, um novo amor, uma vida nova. Quero outros amigos, quero ser boa e maquiavélica. Quero odiar e mostrar a minha raiva. Quero outras noites, quero outras bebidas. Quero almoçar na hora inoportuna e jantar às dez da manhã. Quero usar canetas castanhas, rosas e amarelas. Quero escrever como Fernando Pessoa. Quero ser diferente.

Preciso! Preciso de uma longa viagem, sem destino, preciso de conhecer coisas melhores e coisas piores. Preciso de errar e de acertar. Preciso de mudar. Preciso de amar muito, cada vez mais, de modos diferentes.

(31 Maio, 2008)

6 de dezembro de 2009

gracejando

Deixa-me rir, como se o amanhã não viesse. Deixa-me rir, até me doer a barriga e as lágrimas me saltarem dos olhos. Deixa-me rir, perdida e estupidamente. Deixa-me rir, para encontrar o caminho. Deixa-me rir, para sonhar e, quem sabe, para sentir. Deixa-me rir, porque sorrir não chega, porque olhar não chega. Deixa-me rir, enquanto vejo. Deixa-me rir, enquanto canto. Deixa-me rir, enquanto encanto.

Deixa-me rir e, por favor, deixa-me crescer.

5 de dezembro de 2009

little sister

mais um pequenina. até breve. ♥

3 de dezembro de 2009

de malas e bagagens

Hoje senti o vazio de quem já não é e de quem já não faz parte. A raiva percorreu-me o corpo, sendo parte integrada de mim. Senti-a viva nos meus dedos. E, tão depressa como chegou, foi embora. De malas e bagagens a derramarem recordações e meia dúzia de saudades. Saiu segura de si, na certeza que o bilhete de regresso não tinha sido comprado.

Integrei a sua vinda e deixei que a sua partida me despertasse os sentidos e fizesse renascer a ousadia nas minhas palavras, quebrando a leitura incessante que me consumia..Veio e quebrou o meu silêncio, no entanto, ela foi e os mistérios aqui se mantêm, comigo e só para mim.

29 de novembro de 2009

desfecho

Nem toda a cegueira temporária é justificação para actos meios tresloucados. Mas a sua existência é incontestável

28 de novembro de 2009

hoje sinto (-me)

Dentro de uma mala de cartão, fechada na página de um livro de fantasia com uma história pequenina igual a tantas outras.

26 de novembro de 2009

make it simple

Friends, lovers or nothing!

25 de novembro de 2009

dias assim

Arrumei o coração no meio das roupas de verão entre as t-shirts e biquínis, as histórias do passado e as frases bonitas. No entanto, com ou sem coração, é inegável que a tua recatada presença me contrai todos os músculos da cara num sorriso parvo, que mais ninguém consegue despir.
Vem, vamos correr à chuva.

23 de novembro de 2009

falando chinês

deygwbfkjsbfkdfkjdbfkjbdvbkjvcxjldjojms,oewiuoern!
(Tu percebes o que quero dizer sem meias palavras, nem rodeios patetas. De qualquer forma isto é totalmente óbvio)

20 de novembro de 2009

não gosto

Não gosto de feridas, nem fragilidade. Não gosto de submissão. Não gosto de stress, de gritos nem de discussões. Não gosto de portas que se fecham nem de caminhar em sentido contrário. Não gosto de inconstância mas também não gosto de monotonia. Não gosto de problemas, de perseguições nem de respostas fáceis. O comum, o básico e o essencial não me aquece nem me arrefece. Também não gosto de côco, canela, café, cerveja e esparregado, mas isso é outra conversa. Não gosto de pontos finais e não tenho um bom relacionamento com as despedidas. Não gosto de sardas nem de cabelos que não são uma coisa nem outra. Não gosto de me sentir desconfortável. Não gosto de prestações e, por conseguinte, não gosto de gostar de vez em quando (só gosto em full-time). Fui clara?

16 de novembro de 2009

o mundo acontece

Sinal vermelho. É a minha vez de aguardar e tudo gira à minha volta! Perco a sensação de controlo, o barulho aterroriza, diversos olhares curiosos me alcançam e o movimento perturbado de outros corpos intimida. Está frio e a chuva ensopou-me a roupa.

Sinal verde. Já sou um dos tantos que corre e se deixa afectar pela roda-viva. Os sons, os movimentos, o frio e a minha roupa molhada já nada me dizem. Despertei. O tempo foge e eu corro atrás dele. O tempo foge mas olha para mim, inteirando-se que as folhas de Outono, que agora estão no chão mil e uma vezes pisado, se voltam a mexer com a minha passagem.

E cá estou eu: contemplando, ouvindo, vendo e sentindo o mundo a acontecer!

14 de novembro de 2009

abismo

Mentira. Tão vulgar e acompanhada de mil e uma novas invenções de cores, prazeres e sabores. Tentação que se exibe e se ajusta, definindo-te a silhueta. Projecção remota de desejos inalcançáveis. Mentira. Que se aloja e se nega a partir. Que emboscou a verdade entre factos e sentenças. Mentir. Equivocar. Fingir. Disfarçar. Falsear. Endrominar. Simular. Mascarar. Mentira. A certeza ilusória que traz como única exactidão o abismo.

13 de novembro de 2009

questão II

Já sentiste que tinhas que fazer aquilo?

Dizem-te que não, e contradizes com o ‘tem mesmo que ser’. E o simples facto de ninguém concordar só te faz querer fazê-lo ainda com mais convicção. E não é que o fazes?

E que direito tens tu, tu, e tu, para me condenar e julgar? Que direito, têm? - Nenhum. E que direito tenho eu de vos classificar por me julgarem? - Nenhum.

12 de novembro de 2009

lisboa, menina e moça


Desvendando-lhe os (tamanhos) encantos.

11 de novembro de 2009

let's play a game

Incertezas trocadas por decisões descabidas. Razões traídas por hesitações. Tempos perdidos apunhalados por desconfianças. Ignorância fatalmente badalada pela desculpa forjada da rejeição. E no final? Os Ases continuam em minha posse.

10 de novembro de 2009

questão I


Saber 'ser' é ser exclusivo, único . Não há outra maneira de querer 'ser' para além desta. Tudo o resto não é ser, mas sim simplesmente imitar.
E tu, sabes 'ser'?

8 de novembro de 2009

delírio

Esqueçamos a rejeição ou o falhanço, a frustração ou os receios. Passemos da intenção à acção. O abraço simplesmente não pode ficar por dar; o medo não se pode fazer vencer; o olhar não pode vir desamparado pois um ‘gosto de ti’ o completa, melhor que qualquer outra coisa; o singular sorriso deve ser usado, aqui, ali e além, deve ser visto e dado a sentir sem porquês; as barreiras devem ser quebradas, transpostas! Vamos esmagá-las com afecto? E sim, façam-me ‘crer’ que a felicidade poderá ser um novo vocábulo no meu dicionário.

7 de novembro de 2009

essencialmente essencial

A essência não se aloja no número, no dia, na hora, muito menos na assiduidade e pontualidade da tua chegada. A essência consagra-se devido à intensidade, ao q.b. de loucura, e ao momento x necessário na hora h! A essência reside em ti e consegue sempre ser a tua melhor virtude. Essencialmente falando, era isto o que te queria dizer: - obrigada!

6 de novembro de 2009

sprint

Corro e não me deixo apanhar. Corro um pouco mais. Vou.. depressa!! Não tropeço e fujo ao cansaço com que os meus pés gentilmente me presenteiam. Abro os olhos e, ainda assim, não encontro o caminho certo, muito menos a meta. Corro, apenas. Já me vês?

Cegueira incontestável, cansaço imenso … para quê? A verdade é que, no dia em que decidir parar a corrida ou simplesmente no dia em que quiser ver, vou perceber que a tua sombra sempre foi o meu abrigo predilecto.

Sorris para mim?

As explicações que perdem o prazo de validade. As vontades que me enlaçam. Os sorrisos que me sobressaltam. As confissões que me arrebatam. O simples que consegue descomplexar-se ainda mais. O encanto, tamanho encanto que tanto te engrandece. É este o rumo, à minha maneira. Sorris para mim?

5 de novembro de 2009

tic-tac!

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Os longos segundos ecoam, no entanto, o pensamento vagueia, desta vez, bem longe de ti. Não te penso, nem desejo, já não te quero, muito menos te espero. Perdi-te algures no passado. Estou livre e sã.

Já sei ouvir música, os berros fugiram e as notas voltaram a fazer-se sentir, tão calmas e melódicas. No espelho? Já me encaro e sorrio, é bom ver o meu reflexo que há tanto se escondia e menosprezava.

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Os segundos estão intensos agora. O dia já não tem mais horas do que o previsto. O meu pensamento já flui, perfeitamente. As minhas mãos já nada procuram. A minha boca já não me trai com falsas palavras e imundos desejos.

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Afinal o tempo mata parasitas indesejáveis. Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! E leva a saudade tic-tac …e a loucura.