29 de novembro de 2009

desfecho

Nem toda a cegueira temporária é justificação para actos meios tresloucados. Mas a sua existência é incontestável

28 de novembro de 2009

hoje sinto (-me)

Dentro de uma mala de cartão, fechada na página de um livro de fantasia com uma história pequenina igual a tantas outras.

26 de novembro de 2009

make it simple

Friends, lovers or nothing!

25 de novembro de 2009

dias assim

Arrumei o coração no meio das roupas de verão entre as t-shirts e biquínis, as histórias do passado e as frases bonitas. No entanto, com ou sem coração, é inegável que a tua recatada presença me contrai todos os músculos da cara num sorriso parvo, que mais ninguém consegue despir.
Vem, vamos correr à chuva.

23 de novembro de 2009

falando chinês

deygwbfkjsbfkdfkjdbfkjbdvbkjvcxjldjojms,oewiuoern!
(Tu percebes o que quero dizer sem meias palavras, nem rodeios patetas. De qualquer forma isto é totalmente óbvio)

20 de novembro de 2009

não gosto

Não gosto de feridas, nem fragilidade. Não gosto de submissão. Não gosto de stress, de gritos nem de discussões. Não gosto de portas que se fecham nem de caminhar em sentido contrário. Não gosto de inconstância mas também não gosto de monotonia. Não gosto de problemas, de perseguições nem de respostas fáceis. O comum, o básico e o essencial não me aquece nem me arrefece. Também não gosto de côco, canela, café, cerveja e esparregado, mas isso é outra conversa. Não gosto de pontos finais e não tenho um bom relacionamento com as despedidas. Não gosto de sardas nem de cabelos que não são uma coisa nem outra. Não gosto de me sentir desconfortável. Não gosto de prestações e, por conseguinte, não gosto de gostar de vez em quando (só gosto em full-time). Fui clara?

16 de novembro de 2009

o mundo acontece

Sinal vermelho. É a minha vez de aguardar e tudo gira à minha volta! Perco a sensação de controlo, o barulho aterroriza, diversos olhares curiosos me alcançam e o movimento perturbado de outros corpos intimida. Está frio e a chuva ensopou-me a roupa.

Sinal verde. Já sou um dos tantos que corre e se deixa afectar pela roda-viva. Os sons, os movimentos, o frio e a minha roupa molhada já nada me dizem. Despertei. O tempo foge e eu corro atrás dele. O tempo foge mas olha para mim, inteirando-se que as folhas de Outono, que agora estão no chão mil e uma vezes pisado, se voltam a mexer com a minha passagem.

E cá estou eu: contemplando, ouvindo, vendo e sentindo o mundo a acontecer!

14 de novembro de 2009

abismo

Mentira. Tão vulgar e acompanhada de mil e uma novas invenções de cores, prazeres e sabores. Tentação que se exibe e se ajusta, definindo-te a silhueta. Projecção remota de desejos inalcançáveis. Mentira. Que se aloja e se nega a partir. Que emboscou a verdade entre factos e sentenças. Mentir. Equivocar. Fingir. Disfarçar. Falsear. Endrominar. Simular. Mascarar. Mentira. A certeza ilusória que traz como única exactidão o abismo.

13 de novembro de 2009

questão II

Já sentiste que tinhas que fazer aquilo?

Dizem-te que não, e contradizes com o ‘tem mesmo que ser’. E o simples facto de ninguém concordar só te faz querer fazê-lo ainda com mais convicção. E não é que o fazes?

E que direito tens tu, tu, e tu, para me condenar e julgar? Que direito, têm? - Nenhum. E que direito tenho eu de vos classificar por me julgarem? - Nenhum.

12 de novembro de 2009

lisboa, menina e moça


Desvendando-lhe os (tamanhos) encantos.

11 de novembro de 2009

let's play a game

Incertezas trocadas por decisões descabidas. Razões traídas por hesitações. Tempos perdidos apunhalados por desconfianças. Ignorância fatalmente badalada pela desculpa forjada da rejeição. E no final? Os Ases continuam em minha posse.

10 de novembro de 2009

questão I


Saber 'ser' é ser exclusivo, único . Não há outra maneira de querer 'ser' para além desta. Tudo o resto não é ser, mas sim simplesmente imitar.
E tu, sabes 'ser'?

8 de novembro de 2009

delírio

Esqueçamos a rejeição ou o falhanço, a frustração ou os receios. Passemos da intenção à acção. O abraço simplesmente não pode ficar por dar; o medo não se pode fazer vencer; o olhar não pode vir desamparado pois um ‘gosto de ti’ o completa, melhor que qualquer outra coisa; o singular sorriso deve ser usado, aqui, ali e além, deve ser visto e dado a sentir sem porquês; as barreiras devem ser quebradas, transpostas! Vamos esmagá-las com afecto? E sim, façam-me ‘crer’ que a felicidade poderá ser um novo vocábulo no meu dicionário.

7 de novembro de 2009

essencialmente essencial

A essência não se aloja no número, no dia, na hora, muito menos na assiduidade e pontualidade da tua chegada. A essência consagra-se devido à intensidade, ao q.b. de loucura, e ao momento x necessário na hora h! A essência reside em ti e consegue sempre ser a tua melhor virtude. Essencialmente falando, era isto o que te queria dizer: - obrigada!

6 de novembro de 2009

sprint

Corro e não me deixo apanhar. Corro um pouco mais. Vou.. depressa!! Não tropeço e fujo ao cansaço com que os meus pés gentilmente me presenteiam. Abro os olhos e, ainda assim, não encontro o caminho certo, muito menos a meta. Corro, apenas. Já me vês?

Cegueira incontestável, cansaço imenso … para quê? A verdade é que, no dia em que decidir parar a corrida ou simplesmente no dia em que quiser ver, vou perceber que a tua sombra sempre foi o meu abrigo predilecto.

Sorris para mim?

As explicações que perdem o prazo de validade. As vontades que me enlaçam. Os sorrisos que me sobressaltam. As confissões que me arrebatam. O simples que consegue descomplexar-se ainda mais. O encanto, tamanho encanto que tanto te engrandece. É este o rumo, à minha maneira. Sorris para mim?

5 de novembro de 2009

tic-tac!

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Os longos segundos ecoam, no entanto, o pensamento vagueia, desta vez, bem longe de ti. Não te penso, nem desejo, já não te quero, muito menos te espero. Perdi-te algures no passado. Estou livre e sã.

Já sei ouvir música, os berros fugiram e as notas voltaram a fazer-se sentir, tão calmas e melódicas. No espelho? Já me encaro e sorrio, é bom ver o meu reflexo que há tanto se escondia e menosprezava.

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Os segundos estão intensos agora. O dia já não tem mais horas do que o previsto. O meu pensamento já flui, perfeitamente. As minhas mãos já nada procuram. A minha boca já não me trai com falsas palavras e imundos desejos.

Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! Afinal o tempo mata parasitas indesejáveis. Tic-tac! Tic-tac! Tic-tac! E leva a saudade tic-tac …e a loucura.