18 de março de 2012

palácio da pena

mistério.entre paisagens cobertas por esta névoa intensa, tudo se torna misterioso, escondido, questionável. e todas as questões sem respostas perdem relevância. somos imponentes, frágeis, tudo é volátil. não controlamos nada. esqueçamos o poder que julgamos ter. não o temos. é ilusão. pura ilusão. por muitas cartas que joguemos não temos controlo sobre nada, ninguém.
somos o cansaço dos dias que sempre passam sem que nada possamos fazer para o impedir. somos um caminho sem regresso, nem retrocesso. as nossas escolhas condicionam-nos, é certo, mas há mais para além disso. destino? karma? é demasiado querermos dar nome a algo que (tão bem) nos escapa ao controlo. somos o que construímos e pedaços do que destruímos.
e sintra, com o seu misterioso ar e encanto traz-me inquietude às palavras e reboliço aos sentimentos.
4/3/12 . 16:18

17 de março de 2012

Not While I'm Around

9 de março de 2012

crónicas do louco

"Há alturas, em que mundo gira em sentido contrário ao que as nossas pernas conhecem, querem e conseguem. O equilibrio perde-se e é no chão que encontrámos a posição mais confortável para assistirmos a tudo que gira à nossa volta.
No chão ficam os planos, os sonhos, o presente e o futuro. Ficam cabeça, corpo, alma e coração. Ficam memórias, histórias, momentos e lamentos. Fica o tudo que em nós existe, lado a lado com aquilo em que nos tornamos.

E o mundo gira, não pára. Pisa tudo que não o acompanha. Derruba tudo que tenta girar em sentido contrário. Passa por cima sem ver quem assiste do chão à sua passagem. E magoa.

Mas, um dia, chega uma altura que, de tanto observarmos, aprendemos a ter equilíbrio para acompanhar de forma certa o sentido e a velocidade a que o mundo gira. Sempre chega!

Quando esse dia chega, levantamo-nos de cabeça erguida, guardamos tudo o que sempre foi nosso, e corremos com toda a força e com toda a vontade de acompanhar todas as voltas. Podemos até ter medo de voltar a cair, mas se não fossem as quedas não nos saberíamos levantar!"


o rapaz do mundo 'não redondo'



2 de março de 2012

será que

será que estamos condenados a assistir impávidos ao desenrolar da vida? será que o destino é algo assim tão forte e inderrubável que não nos permite ter livre arbítrio nas nossas escolhas? será que as escolhas que fazemos já estão condicionadas àquelas respostas?
vamos sempre questionarmo-nos acerca da escolha mais ou menos acertada, do se e do porquê, vamos olhar sempre para trás quando o caminho é para a frente. porque o passado vai pesando nas costas, porque o presente é esquecido e vivemos ou a reviver ou a projectar. gostava de saber ser agora, sem antes nem depois, sem como, porquê nem senão. gostava que não houvessem razões ou que as razões não confundissem.