21 de janeiro de 2015

devaneios distantes

a distância é crua e impeditiva, impossibilitando a partilha no presente, impedindo a partilha no futuro que sempre espreita na esquina mais próxima.
a distância deturpa as medições, é o tempo dessincronizado nos quilómetros que perdem fim à vista.
a distância é olhar o horizonte no mar e o tentar incessante no delimitar da linha - por muito que não a consigas alcançar e limitar, por muito que a tua visão deturpe o que vês, não desistes de o fazer e insistes - queres ver sempre mais longe.

não podemos considerar a distância estanque uma vez que pelo menos uma de duas conclusões resultarão dela: deixarmo-nos vencer e apagarmos o que está do lado de lá, ou aumentarmos desproporcionalmente os sentires, os gostares.