letras conjugadas na esperança de encontrar a combinação perfeita de palavras que descrevem o que em mim trago. vestígios de pessoas e momentos. rascunhos do que sou ou do que pretendo alcançar. não escrevo versos perfeitos nem sou constante. sou letras soltas e frases curtas. reflexos, as letras que escrevo são apenas reflexos de mim. não me definem. se me lês, não me conheces. conheces a minha sombra, porque os detalhes não os quero mostrar. não os sei mostrar. não me tentes definir pelo que lês, nem pelo que de mim mostro. sou mais que isso. uma equação sem fórmula, um livro sem letras maiúsculas. pedaços do mundo. os sons das teclas em que escrevo são a minha melodia, sempre diferente, ora reticente, ora violenta e imparável. e quando escreve, ó.. quando escrevo não sei do que falo. não sei se são os meus medos, não sei se são os meus sonhos, não sei se são os meus desejos. juro, eu não sei.quando escrevo, sei que me liberto.e tu, tu que me lês, não te prendas àquilo que liberto e que eu própria desconheço,na vontade de me conhecer.
sair-te-á o tiro pela colatra.