26 de outubro de 2015

ode aos meus

há dias cinzentos e os dias de outubro caracterizam-se por isso mesmo. 
para além da alteração do fuso horário, onde se perdem 60 minutos de luz todos os finais de dia em prol de uma luz matinal mais aceitável, hoje tive que me forçar à distância de um dos meus pilares. 2240 km é um número demasiado grande e sabes que sou de letras, os números não me fazem bem.
vou sentir a tua falta em todas as pequenas coisas. dos pequenos almoços sem fim, das tentativas de prática de desporto, das aulas de alemão, da maratona da tese, das falhas de energia,  das viagens de carro e da tua ingenuidade em acreditares sempre no meu sentido de orientação. vou sentir a falta da mesa na divisão da casa que nunca chegou a ter nome (e do tanto que crescemos com a troca de palavras por horas infindas). vou sentir falta da partilha de tudo e de modo tão natural, das verdades na hora certa, das horas de choro e de riso descontrolado, das tuas graças (sempre soberbas) ao universo. vou sentir a falta dos abraços, do respeito, do saber gostar, do saber ouvir, do saber e querer cuidar, mimar. 
brilhas tanto, sabes!? colónia não tem a menor ideia do presente gigante que acabou de receber.
vou continuar a escrever e tu vais fazer da música uma arte ainda mais incrível, pois acorda já é hora, tens o mundo a descobrir e todos os teus sonhos estão prontos a seguir.

hoje a ode é feita aos amigos, àqueles que se tornam família, que nos fazem felizes, todos os dias. e tu, és tudo isto e tanto mais.






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