contar o tempo pela norma
enquanto se gosta sem fronteiras é um desafio.
os 365 dias volvidos reduzem-se,
hoje, a uma contagem ínfima – e é tão desproporcional esta redução de escala.
ano 1.
o pedido acercou sem aviso
prévio, o teu colo foi a casa e, com um segredo sussurrado, vi a vontade, senti
a vontade, quis a vontade de um compromisso. quis mais, quis cada vez mais. as
consequências perderam peso, o querer tornou-se imperativo.
dizem os poetas que o amor pode
ter formas estranhas, mas ver em ti refletida a forma exata do que procuro sem
que, ainda assim, o consiga descrever, é transcendente.
hoje não me acuso poeta, nem te escrevo a rimar.
hoje digo o que sinto, e que vieste para ficar.
ode ao desenrolar do amor no tempo... :)
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