18 de outubro de 2015

diz-me em que estás a pensar

crês que o que escrevo tem o propósito de te regalar, comover;
crês nas palavras com destino certo;
mas as palavras que debito nem a mim pertencem;
a não ser nos breves instantes em que as escrevo e quando, tola e brevemente, acredito dar sentido à amálgama de perguntas que me (per)seguem.
epifania escassa traduzida numa espontaneidade fluída - o deslumbrar dos meus sentidos transcritos num abc universal.
não sei se te escrevo, se me escrevo, se te comovo, se te ocupo, se me lês, se me lembro do que aqui debito.

e atrai-me esta ignorância, circunstância e todas as reticências passíveis, possíveis.

Sem comentários:

Enviar um comentário