o
último mês de cada ano é como o momento pré-parto generalizado a todos os
géneros.
o frio
chega, as contrações começam a agudizar-se progressivamente, muda a estação,
excedem-se os gastos, as famílias reúnem-se no babyshower do dia 25, deixa-se
de olhar para trás, deixa-se de olhar o presente, só se limpa o caminho e a
consciência, afinal de contas, é o nascimento do ano, a comemoração mais
unânime no planeta e a oportunidade utópica para se fazer diferente, para se ser
diferente.
e, às 12 badaladas de todos os 31 de
dezembro, concretizamos a fuga do baile que o ano anterior nos deu mas, para os mais distraídos fica a
nota, de nada vale a pressa, cinderela que é cinderela, esquece-se sempre de um
sapato lá atrás.
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